quarta-feira, outubro 18, 2006

Alzheimer

Há alguns dias assistí a uma palestra sobre Alzheimer e, coincidência ou não, a partir de então tenho ouvido falar sobre o assunto em diversas ocasiões. A médica que ministrou a palestra nos falou sobre a experiência que ela teve com a sogra, uma italiana fervorosa que não podia aceitar a idéia de ver seu único filho casado com qualquer mulher. Pois bem, a sogra não podia vê-la que já soltava aquele monte de palavrões (em italiano) e as duas mal se falavam. Mas, a vida dá voltas e a sogra acabou ficando doente. E quem cuidou dela até o último minuto de sua vida? A nora que ela nunca suportou... Enfim, a médica acabou se aprofundando em todas as pesquisas, livros, tecnologias que falavam sobre Alzheimer e em todos os momentos cuidou da sogra com carinho, atenção e amor. Hoje ela dá palestras e tenta alertar as pessoas sobre os sintomas, como os familiares podem ajudar e tudo o mais que é relacionado ao tema. Uma coisa bacana que ela falou foi que devemos "variar" a rotina, como escovar os dentes com a mão esquerda (para quem é destro), usar a outra mão para pentear o cabelo, andar para trás, usar o relógio no outro pulso, coisas bobas, que fazem o cérebro "funcionar" diferente, de uma forma que não é a usual. A cura para o Alzheimer ainda não foi descoberta, mas há medicamentos que podem ser tomados para retardar ao máximo os sintomas, que geralmente começam com a perda da memória e crises de demência mental. É uma doença muito triste e o que se sabe sobre ela é muito pouco. Há um filme que retrata bem esse "mundo" do doente com Alzheimer que se chama "Iris", com minha querida e adorada Judi Dench. O filme é baseado na vida da escritora britânica Jean Iris Murdoch, que teve Alzheimer e foi perdendo gradualmente e memória e teve várias crises de demência, mas que contou com o amor de seu marido sempre.

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