quinta-feira, janeiro 11, 2007

Salvador - 1° dia - Pelourinho







Chegamos em Salvador de madrugada e resolvemos deixar o primeiro dia para andar pela cidade, conhecer alguns pontos turísticos. Foi a melhor coisa que fizemos, pois foi o único dia durante toda a viagem em que o tempo ficou nublado. Maridovisk e eu gostamos de andar de ônibus quando viajamos. Assim ficamos mais "íntimos" dos costumes do lugar, temos mais oportunidade de conhecer o povo, suas peculiaridades, enfim... É claro que tomamos precauções onde quer que estejamos e nos informamos dos lugares perigosos e que devem ser evitados. Mas então, pegamos um ônibus no nosso primeiro dia e fomos conhecer o Pelourinho. Contratamos um guia para andar pelos lugares conosco e foi ótimo, pois ele nos mostrou detalhes que dificilmente chamaria a nossa atenção se estivessemos sozinhos. Andamos pelo Terreiro de Jesus, conhecemos a Igreja de São Francisco e ficamos boquiabertos com tanto ouro. Disse o guia, que durante a construção, 20% de todo o ouro que era levado para Portugal tinha que ficar para a igreja... Como fomos explorados, my God! Há uma igreja, ao lado da de São Francisco, e da qual eu não lembro o nome, que foi a que mais me chamou a atenção. A fachada é diferente, maravilhosa e foi descoberta há pouco tempo. O que não falta para se ver em Salvador são igrejas e conhecemos tb a do Rosário dos pretos (a única onde os negros podiam sentar e celebrar) e por isso mesmo a mais simples, pouca ornamentação e quase nehum dourado, e a Igreja do Carmo. Nosso intuito era conhecer o interior, mas a chave da porta da igreja tinha acabado de quebrar e não conseguimos entrar. Foi então que nosso guia nos levou ao subsolo. Descemos uma escada escura e chegamos até o lugar onde os escravos ficavam presos. Sensação ruim de mais. O cheiro de mofo, a escuridão, o lugar em si é muito "carregado" espiritualmente. Nem achei que as fotos fossem ficar tão boas, pois estava muito escuro. Vímos que duas moças moram lá atualmente. São pessoas pobres, humildes e não devem ter mais nada na vida. Não deve ser nada agradável ter que viver num lugar desses.
Saindo do "circuito igrejas", conhecemos o Preto Velho que fica vendendo rapé no Pelourinho. Todo mundo já chegava querendo tirar fotos dele e ele simplesmente dizia: "No photos, no photos! Eu não sou bicho, vcs têm que perguntar se podem me fotografar!". Não tiro sua razão, coitado. Conversamos muito com ele, tomamos cravinho, que achei bem gostoso, comprei um rapé (tudo para ver se as crises de sinusite desaparecem da minha vida) e depois de tudo isso o Preto Velho tirou uma foto com a gente. Passamos por uma loja chamada Planeta Bahia, que expressa muito bem a idéia de Bahia que temos. Vendedoras vestidas com laranja e amarelo, muito bem maquiadas, coloridas, som alto, mas que não incomodava, garçom servindo cerveja e água, o maior alto astral. Acabei comprando um par de brincos de capim dourado, que eu já estava de olho há algum tempo e Maridovisk me deu a pulseira de presente!!!
Fomos ao Forte São Marcelo, que está todo reformado e uma graça. Uma guia nos acompanhou e nos contou um pouco da história da cidade. Depois conhecemos a Igreja do Bonfim e para terminar almoçamos no Solar do Unhão. O lugar é muito bonito e como era fim de tarde, o sol estava se pondo e nos presenteou com paisagens maravilhosas. Comí moqueca e camarão, que estavam divinos e experimentei carurú e vatapá, que detestei. Maridovisk comeu a salada mais cara da vida dele e a pior... Depois, direto para o hotel dormir. Cansaço puro!
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